Ainda no cenário de pandemia da Covid-19, outra doença passou a preocupar as autoridades de saúde: a varíola dos macacos. Devido à baixa quantidade de exames capazes de identificar o vírus Monkeypox (MPX), muitas pessoas têm procurado diagnósticos diferenciais, como é o caso dos exames moleculares, que se revelam como a alternativa mais segura para o diagnóstico assertivo.
A Monkeypox, também chamada de “varíola dos macacos”, vem alertando autoridades sanitárias de diversos países a adotar ações precoces, a fim de evitar um surto mundial. O vírus causador da doença é estudado há décadas e já foi detectado em, pelo menos, onze países africanos desde os anos 1970. O primeiro caso no Brasil foi registrado em julho de 2022, em Minas Gerais, em um homem de 41 anos. Foi o primeiro fora da África registrado, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O nome da doença, entretanto, ainda gera grande confusão entre pessoas pouco informadas, que acreditam que os macacos são transmissores do vírus. Isso ocasiona o assassinato de muitos animais, que não são transmissores da doença e são infectados e vitimados por ela, assim como os seres humanos.
De acordo com o último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que, até 31 de agosto, foram confirmados 5.037 casos da varíola dos macacos no Brasil e outros 5.391 são classificados como suspeitos. Os estados que apresentam números mais críticos são Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
A transmissão da varíola ocorre de humanos para humanos, no caso de contato próximo com as lesões na pele da pessoa infectada, com secreções respiratórias ou objetos usados por quem está infectado. Em comunicado, a Sociedade Brasileira de Primatologia reforçou que a transmissão da doença não está associada aos primatas. Além de não transmitirem a doença, os macacos, na verdade, são sentinelas para a presença de zoonoses que possam impactar a saúde humana.
O vírus Monkeypox também é transmitido entre pessoas, principalmente, através do contato direto, seja por meio do beijo ou abraço, ou por feridas infecciosas, crostas ou fluidos corporais. Ainda pode haver transmissão por secreções respiratórias durante o contato pessoal prolongado. Até o momento, não se sabe se o Monkeypox pode ser transmitido através do sêmen ou fluidos vaginais.
Tendo em vista esses meios de transmissão, é fundamental que as pessoas que tenham o diagnóstico laboratorial confirmado, fique em isolamento e que todos os seus objetos, como roupas e lençóis passem por um processo de higienização, a fim de impedir a transmissão.
O período de incubação, no qual a pessoa infectada é assintomática, é tipicamente de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Inicialmente, eles incluem febre súbita, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios e exaustão.
Já as manifestações na pele, mais conhecida pela população, ocorre entre 1 e 3 dias após os sinais e sintomas iniciais. Quando aparecem, as lesões têm diâmetro de meio centímetro a um centímetro, e podem ser confundidas com varicela ou sífilis.
Chamado de tratamento de suporte, o acompanhamento da varíola dos macacos tem um foco maior nos sintomas apresentados por cada paciente, que podem variar. De maneira mais geral e obrigatória, a pessoa precisa manter uma boa hidratação e higienização das lesões na pele. Ao apresentar dor de cabeça, pode ser administrado um analgésico e, em caso de febre, um antifebril/ antitérmico.
É importante ressaltar que, ao apresentar quaisquer sinais ou sintomas, é fundamental procurar atendimento médico. Diante da suspeita de infecção pelo Monkeypox, o profissional de saúde vai seguir um fluxo laboratorial e indicar a coleta do material para a realização de exames.
A detecção correta do vírus é o primeiro passo para evitar a propagação e interromper as cadeias de transmissão
O RUO KIT XGEN MASTER para Detecção do Vírus Monkeypox faz a detecção dos genes G2R e FL3, utilizando primers específicos e sondas fluorescentes. É um kit Multiplex que permite a detecção dos dois genes no mesmo poço e permite utilizar a capacidade máxima da placa, assim proporciona mais produtividade ao laboratório.
Os métodos moleculares para detecção da doença se revelam como a alternativa mais segura para o diagnóstico assertivo. A partir da identificação correta, a atenção clínica pode ser otimizada para aliviar ao máximo os sintomas, manejando as complicações e prevenindo as sequelas em longo prazo.