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HPV

Março Lilás: A relação entre o HPV e o câncer do colo do útero

O Março Lilás é uma campanha global voltada para a conscientização sobre o câncer do colo do útero. A iniciativa busca alertar sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do acesso a exames de rastreamento, como o Papanicolau e os testes moleculares para HPV.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer do colo do útero é o terceiro mais incidente entre as mulheres no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de mama e colorretal. Apesar da gravidade da doença, trata-se de uma neoplasia altamente prevenível, especialmente com a vacinação contra o HPV e o rastreamento regular da infecção.

Dados sobre a doença

O câncer do colo do útero é um problema de saúde pública, especialmente em países com menor acesso a programas de rastreamento e prevenção.

  • No Brasil, estima-se que mais de 16 mil novos casos sejam diagnosticados anualmente.
  • Aproximadamente 5 mil mulheres morrem por ano em decorrência da doença.
  • No mundo, o câncer cervical é responsável por cerca de 311 mil mortes anuais, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
  • Cerca de 99% dos casos estão relacionados à infecção pelo HPV, especialmente pelos tipos de alto risco, como 16 e 18.

Sintomas do câncer do colo do útero

Nos estágios iniciais, o câncer do colo do útero pode ser assintomático. No entanto, à medida que a doença avança, os seguintes sintomas podem surgir:

  • Sangramento vaginal anormal, especialmente após relações sexuais;
  • Corrimento vaginal com odor forte;
  • Dor pélvica persistente;
  • Dor durante as relações sexuais;
  • Sangramentos intermenstruais.

Grupos de risco

Alguns fatores aumentam a probabilidade de desenvolvimento do câncer do colo do útero. Os principais grupos de risco incluem:

  • Mulheres com infecção persistente por HPV de alto risco;
  • Histórico de múltiplos parceiros sexuais;
  • Tabagismo;
  • Sistema imunológico enfraquecido;
  • Histórico familiar da doença.

O que é o HPV e como ele se relaciona com o câncer do colo do útero?

O papilomavírus humano (HPV) é um grupo de vírus com mais de 200 tipos identificados. Desses, cerca de 40 podem infectar a região anogenital, e 15 são considerados de alto risco para o desenvolvimento de cânceres, incluindo o câncer do colo do útero.

Os HPV 16 e 18 são os principais agentes da doença, sendo responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer cervical, seguidos pelos genótipos 31, 33, 45, 52 e 58.

A infecção pelo HPV é extremamente comum e, na maioria das vezes, transitória. O sistema imunológico pode eliminar o vírus naturalmente dentro de um a dois anos sem causar sintomas ou complicações. No entanto, em alguns casos, o HPV persiste no organismo e pode levar a alterações celulares que evoluem para o câncer.

Como a infecção por HPV evolui para o câncer do colo do útero?

A infecção pelo HPV de alto risco pode levar ao desenvolvimento do câncer do colo do útero quando o vírus persiste por anos no organismo e provoca alterações celulares progressivas. Esse processo ocorre em quatro estágios principais:

1. Infecção inicial pelo HPV

O vírus infecta as células epiteliais da mucosa do colo do útero por meio do contato direto durante relações sexuais. Em sua fase inicial, a infecção pode ser completamente assintomática, e muitas mulheres sequer percebem que foram infectadas.

2. Persistência viral e alterações celulares

Na maioria dos casos, o sistema imunológico elimina o HPV naturalmente. Porém, quando o vírus persiste na mucosa cervical por anos, ele começa a interferir no ciclo celular, levando a lesões precursoras do câncer, conhecidas como lesões intraepiteliais cervicais (NIC):

  • NIC 1 (leve): alterações celulares iniciais, geralmente reversíveis.
  • NIC 2 (moderada): alterações mais profundas, com risco aumentado de progressão.
  • NIC 3 (grave): lesão pré-cancerígena avançada, com grande potencial de se tornar um tumor invasivo.

3. Transformação maligna

Se a infecção pelo HPV não for controlada e as lesões NIC 3 não forem tratadas, o vírus pode promover mutações irreversíveis no DNA das células cervicais, levando à proliferação celular descontrolada e ao surgimento do carcinoma in situ – o estágio inicial do câncer do colo do útero.

4. Progressão para câncer invasivo

Com o tempo, as células cancerígenas podem invadir tecidos adjacentes e até se espalhar para outros órgãos (metástase). Nesse estágio, o câncer já exige tratamentos mais agressivos, como cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

Esse processo pode levar de 10 a 20 anos desde a infecção inicial até o desenvolvimento do câncer, tornando o rastreamento regular essencial para a detecção precoce e a prevenção da progressão da doença.

Formas de transmissão do HPV

O HPV é uma infecção sexualmente transmissível (IST) e sua principal forma de transmissão ocorre por meio do contato direto com a pele ou mucosas infectadas. As principais formas de contágio incluem:

  • Relações sexuais sem proteção (oral, vaginal e anal);
  • Contato pele a pele na região genital;
  • Compartilhamento de objetos íntimos.

O uso de preservativos reduz, mas não elimina completamente o risco de transmissão. Por isso, a vacinação contra o HPV e o rastreamento regular são estratégias essenciais para o controle da infecção.

A importância da autocoleta vaginal no rastreamento do HPV

O rastreamento do HPV desempenha um papel fundamental na prevenção do câncer do colo do útero, permitindo a detecção precoce do vírus antes que ele cause alterações celulares significativas.

Para ampliar o acesso ao diagnóstico, dispositivos inovadores foram desenvolvidos para facilitar a autocoleta vaginal, um método prático e eficaz que possibilita que a própria paciente realize a coleta da amostra em casa, sem a necessidade de um profissional de saúde.

V-VEIL UP2: Inovação na autocoleta ginecológica

O dispositivo de autocoleta vaginal foi projetado para oferecer um método seguro e confortável para a obtenção de amostras da cavidade vaginal, auxiliando no diagnóstico de HPV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Com um procedimento simples, a coleta pode ser feita pela própria paciente em até 10 minutos, promovendo autonomia e acesso facilitado à saúde feminina.

Benefícios da autocoleta vaginal no rastreamento do HPV

Maior acessibilidade ao exame: Mulheres que têm dificuldade de acesso aos serviços de saúde ou que evitam exames ginecológicos convencionais podem realizar a coleta em casa.

Detecção precoce e controle epidemiológico: A facilidade da autocoleta aumenta a frequência dos exames, permitindo o diagnóstico precoce de infecções e lesões cervicais.

Redução de barreiras psicológicas e culturais: Muitas mulheres sentem desconforto ou constrangimento em exames ginecológicos tradicionais. A autocoleta oferece uma alternativa mais discreta e confortável, sem perder a confiabilidade nos resultados.

Saiba mais sobre o V-VEIL UP2.

Palavra de especialista

A Dra. Wanuzia Miranda, médica com vasta experiência em ginecologia oncológica, citopatologia e patologia do trato genital inferior, explica de forma clara e objetiva como funciona o autocoletor vaginal e sua importância no rastreamento do HPV.

Assista ao vídeo abaixo

Diagnóstico precoce e soluções da Mobius para HPV

A detecção precoce do HPV e a identificação dos genótipos de alto risco são fundamentais para o monitoramento e a prevenção do câncer do colo do útero. Nesse contexto, a Mobius oferece soluções inovadoras para o diagnóstico molecular do HPV, garantindo mais precisão e rapidez nos resultados.

1. MULTI HPV FLOW CHIP

  • Diagnóstico molecular de HPV por meio da tecnologia Flow Chip.
  • Detecta genótipos de alto risco (16, 18, 26, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 53, 56, 58, 59, 66, 68, 73 e 82) e de baixo risco (6, 11, 40, 42, 43, 44, 54, 55, 61, 62, 67, 69, 70, 71, 72, 81 e 84)

2. Kit Master HPV Screening

  • Detecção de 14 genótipos de alto risco.
  • Diferenciação dos genótipos 16 e 18.
  • Método de PCR em Tempo Real, com resultados rápidos e confiáveis.

3. HPV 360º

  • Workflow automatizado e otimizado para laboratórios.
  • Detecta e genotipa o HPV de até 94 amostras simultaneamente.
  • Totalmente integrado para maior eficiência no diagnóstico.